A bebê retirada com corte de estilete do ventre da mãe de 24 anos, que foi assassinada em Canelinha, na Grande Florianópolis, se recuperou e recebeu alta hospitalar.
Ela deixou o hospital infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, no domingo (6), segundo confirmou a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) na manhã desta quarta-feira (9).
O casal acusado do crime foi preso no dia 28 de agosto, no dia em que o corpo foi encontrado.
A Vara Criminal de Tijucas, na Grande Florianópolis, aceitou na sexta-feira (4) a denúncia contra os dois por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, em relação à bebê.
A recém-nascida foi internada no hospital estadual na capital em 28 de agosto, mesmo dia em que o corpo da mãe foi encontrado em uma cerâmica desativada.
A menina sofreu cortes de estilete e também nasceu antes do tempo, pois o parto estava previsto para setembro.
Segundo amigos da mãe, a bebê está bem, mas não foram informados detalhes para preservar a família.
A situação da criança é acompanhada pela 2ª Promotoria de Justiça de Tijucas, além do Conselho Tutelar da cidade.
Imagens e o nome da grávida morta não foram divulgados, pois há risco que se chegue à identidade da recém-nascida, que tem o direito à preservação de sua identificação garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil, a jovem de 24 anos foi morta por uma conhecida que simulou que estava grávida, após sofrer um aborto no início do ano.
A mulher acusada de homicídio pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) tinha a intenção de ficar com a recém-nascida.
Ela armou uma armadilha para a jovem na tarde do dia 27 de agosto, uma quinta-feira: cortou a barriga da grávida com um estilete para retirada do bebê e bateu com um tijolo na cabeça da mulher.
O corte na barriga causou a morte da grávida, que teve hemorragia.
O corpo da mulher morta foi escondido dentro de um forno de cerâmica desativado e encontrado no dia seguinte por familiares e amigos que estavam desde quinta-feira procurando a jovem.
A mulher acusada chegou a compartilhar postagens em redes sociais sobre o desaparecimento da grávida.
Ainda de acordo com a acusação do MPSC, depois de matar a grávida, no dia 27 de agosto, a acusada do crime procurou o hospital de Canelinha na companhia do companheiro e, na unidade de saúde, disse que tinha passado por um parto e que o bebê era do casal.
Como a menina tinha cortes e era prematura, foi levada ao hospital de Florianópolis, que tem mais recursos para atendimento.
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