Policiais militares aparecem em vídeos divulgados em redes sociais agredindo dois jovens na Escola Estadual Emygdio de Barros, no Jardim Bonfiglioli, na Zona Oeste de São Paulo, na noite desta terça-feira (18).
Nas imagens é possível ver que um policial domina um rapaz com uma gravata. Em um dos vídeos, um rapaz aparece no chão, dominado por um policial. Em outro, um dos dos rapazes recebe um soco no rosto, é dominado por um policial militar, enquanto outro policial vem por trás e dá uma rasteira do rapaz, que cai no chão. Já caído, ele recebe um chute nas costas. Os policiais ainda apontam a arma para os estudantes.
De acordo com informações da TV Globo, a direção da escola acionou a PM para retirar um jovem que não estaria matriculado ali e queria assistir às aulas. Os dois jovens foram levados ao 91º DP por desacato e lesão corporal.
No entanto, ainda segundo a emissora, advogados do Conselho Tutelar que acompanham o caso apresentaram ao delegado os vídeos dos jovens sendo agredidos pelos policiais.
Para Dimitri Sales, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, a questão deveria ter sido resolvida com diálogo. "Não me parece que era caso para que se buscasse intervenção da força policial e tampouco que essa intervenção se desse com abuso de poder e de forma absolutamente violenta", declarou a jornalistas.
"Ali não era o lugar adequado para aquela violência toda, estavam lá para servir o serviço de policial. Não levar violência. Me pergunto como mãe, será que dentro da escola é um lugar seguro?", disse à TV Globo Raquel Rodrigues, mãe de um dos jovens agredidos.